A nossa rede de distribuição não chega ao Internet Explorer.
Aceda com: Google Chrome, Microsoft Edge, Mozilla Firefox ou Safari.
A nossa rede de distribuição não chega ao Internet Explorer.
Aceda com: Google Chrome, Microsoft Edge, Mozilla Firefox ou Safari.
02 junho 2025
O hidrogénio é um dos elementos mais abundantes do universo e tem ganho destaque como uma fonte de energia limpa e sustentável. Mas como é produzido o hidrogénio? Quais são os métodos mais comuns e como ele pode ser utilizado como combustível? Este artigo explora tudo o que precisa saber sobre a produção de hidrogénio, desde os processos químicos até às aplicações práticas, como células de combustível e armazenamento de energia. Se está interessado em entender como o hidrogénio pode revolucionar o setor energético e contribuir para um futuro mais verde, este artigo é para si.
O hidrogénio é o elemento químico mais simples e leve da tabela periódica, composto por apenas um próton e um elétron. Em condições normais de temperatura e pressão, o hidrogénio é um gás incolor, inodoro e altamente inflamável. A sua molécula (H₂) é menos densa que o ar, o que a torna ideal para aplicações que requerem portadores de energia leves.
A importância do hidrogénio reside no seu potencial como fonte de energia limpa. Ao contrário dos combustíveis fósseis, a combustão do hidrogénio produz apenas vapor de água, sem emissões de CO₂ ou NOx. Isso faz dele um candidato promissor para a transição energética global, especialmente quando combinado com fontes renováveis como a energia solar e eólica.
A produção de hidrogénio envolve vários métodos, dependendo da matéria-prima e da tecnologia utilizada. Atualmente, a maior parte do hidrogénio é produzido a partir de gás natural através de um processo chamado reformação a vapor. Este método é eficiente, mas resulta na emissão de CO₂, o que o torna menos sustentável.
Outro método comum é a eletrólise da água, que utiliza uma corrente elétrica para separar o hidrogénio e o oxigénio. Quando a eletricidade usada vem de fontes renováveis, o hidrogénio produzido é considerado "verde". Além disso, o hidrogénio pode ser obtido como subproduto de processos industriais, como a produção de cloro.
Para saber mais sobre como e onde pode ser feita a produção de hidrogénio, visite Como e onde poderá ser feita a produção de hidrogénio?
A eletrólise é um processo químico que decompõe a água (H₂O) em hidrogénio (H₂) e oxigénio (O₂) através da aplicação de uma corrente elétrica. Este método é particularmente interessante porque, quando alimentado por energia renovável, não produz emissões de carbono.
A eletrólise da água é uma tecnologia chave para a produção de hidrogénio verde. No entanto, o processo ainda é caro e requer melhorias em eficiência para se tornar economicamente viável em larga escala.
O hidrogénio verde é produzido através da eletrólise da água, utilizando eletricidade gerada a partir de fontes renováveis, como energia solar ou eólica. Este método é considerado sustentável porque não emite gases de efeito estufa durante o processo de produção.
Apesar de ser a forma mais limpa de hidrogénio, o hidrogénio verde ainda enfrenta desafios, como custos elevados e a necessidade de infraestruturas especializadas. No entanto, com o avanço da tecnologia e o aumento da escala de produção, espera-se que o hidrogénio verde se torne uma opção viável e competitiva no futuro próximo.
Se quiser saber mais sobre como o hidrogénio pode ser produzido em diferentes localizações, o processo de eletrólise é um dos métodos promissores em regiões com grande disponibilidade de fontes renováveis, como explicado no site da Portgás.
Para que o hidrogénio seja efetivamente considerado “verde”, não basta utilizar eletrólise como método de produção. É necessário cumprir critérios rigorosos, principalmente quanto à fonte de energia e à origem da água utilizada. Os principais requisitos incluem:
O hidrogénio verde é produzido por eletrólise da água, um processo que separa o hidrogénio (H₂) do oxigénio (O₂) usando eletricidade. Para que seja considerado verde:
Fonte: IEA – Hydrogen
O processo de eletrólise em si não emite CO₂, ao contrário de outras rotas como o hidrogénio cinzento (a partir de gás natural) ou azul (com captura de carbono). Fonte: IEA – The Future of Hydrogen
Embora a energia seja o principal critério, há uma preocupação crescente com a sustentabilidade hídrica:
A reformação a vapor é o método mais comum para a produção de hidrogénio, representando cerca de 95% da produção global. Este processo envolve a reação do gás natural (principalmente metano) com vapor de água a alta temperatura, resultando em hidrogénio e dióxido de carbono.
Embora eficiente, a reformação a vapor tem uma pegada de carbono significativa, uma vez que o CO₂ é libertado como subproduto. Para mitigar este impacto, algumas instalações estão a adotar tecnologias de captura e armazenamento de carbono, criando o chamado hidrogénio azul.
Produzido a partir de gás natural através da reformação a vapor, sem captura de CO₂. É o método mais comum, mas menos sustentável.
Também produzido a partir de gás natural, mas com captura e armazenamento de carbono, reduzindo as emissões.
Produzido através da eletrólise da água, utilizando energia renovável. É a forma mais limpa e sustentável.
O hidrogénio líquido é uma forma densa de armazenar hidrogénio, que é obtido por meio da compressão do gás em temperaturas extremamente baixas (-253°C). Esta forma líquida de hidrogénio possui uma maior densidade de energia volumétrica, tornando-a mais adequada para certas aplicações, como no transporte e na indústria espacial.
O uso de hidrogénio líquido é vital em projetos de exploração espacial, como combustível para foguetes, devido à sua alta capacidade energética. Além disso, o hidrogénio líquido pode ser utilizado em sistemas de armazenamento de energia, uma vez que pode ser transportado e armazenado com maior eficiência.
O hidrogénio tem diversas aplicações em vários setores, desde a indústria até a mobilidade:
O hidrogénio combustível é usado em células de combustível, que geram eletricidade a partir da reação de hidrogénio com oxigénio. Veículos movidos a hidrogénio, como carros, autocarros e camiões, emitem apenas vapor de água como subproduto, tornando-os uma alternativa ecológica aos veículos movidos a combustíveis fósseis.
O hidrogénio é amplamente utilizado em processos industriais, como a hidrogenação de óleos vegetais, produção de amónia para fertilizantes, e refinação de petróleo. Ele também é importante na produção de metanol e em várias reações químicas no setor químico.
O hidrogénio é uma excelente opção para o armazenamento de energia, especialmente em sistemas de energias renováveis intermitentes. Ele pode ser usado para armazenar energia solar e eólica excedente, que pode ser convertida novamente em eletricidade quando necessário.
O hidrogénio pode ser armazenado em estado gasoso, comprimido a alta pressão, ou em estado líquido, a temperaturas extremamente baixas. Também pode ser transportado através de gasodutos ou em camiões-tanque.
O armazenamento e transporte de hidrogénio apresentam desafios técnicos e de segurança, devido à sua alta inflamabilidade e baixa densidade energética. No entanto, avanços tecnológicos estão a tornar estas operações mais seguras e eficientes.
O Projeto H2REN avalia a adaptação das infraestruturas para o transporte e armazenamento de hidrogénio, impulsionando a implementação de gases renováveis.
Para entender melhor os métodos de produção de hidrogénio e os processos de armazenamento e transporte do hidrogénio, a Portgás fornece mais detalhes sobre o armazenamento e transporte de hidrogénio, bem como sobre onde pode ser feito esse processo em diferentes regiões.
Uma célula de combustível é um dispositivo que converte a energia química do hidrogénio em energia elétrica, através de uma reação redox entre hidrogénio e oxigénio. O único subproduto deste processo é a água, tornando as células de combustível uma tecnologia limpa e eficiente.
As células de combustível têm aplicações em diversas áreas, desde veículos elétricos até sistemas de backup para redes elétricas. A sua eficiência e baixo impacto ambiental fazem delas uma peça-chave na transição para uma economia baseada no hidrogénio.
Para mais informações sobre a segurança da injeção de hidrogénio, consulte Fatores para uma injeção de H2 segura.
Embora as Células de Combustível de Membrana de Troca de Protões (PEMFC) sejam amplamente conhecidas por utilizarem apenas hidrogénio puro, existem diversas tecnologias com diferentes características e flexibilidades em relação ao tipo de combustível utilizado. Abaixo estão as principais tecnologias, os seus eletrólitos, faixas de temperatura de operação, eficiências típicas, aplicações comuns e os combustíveis compatíveis com hidrogénio:
Tecnologia | Eletrólito | Temperatura de operação (°C) | Eficiência típica (%) | Aplicações comuns | Combustíveis com hidrogénio compatíveis |
---|---|---|---|---|---|
PEMFC | Membrana de troca de protões (PEM) | 50–100 | 40–60 | Veículos, aplicações portáteis, estacionárias de pequena escala | Hidrogénio puro, reformado de metanol ou gás natural |
SOFC | Óxido sólido (cerâmica) | 600–1000 | 45–65 | Geração de energia estacionária de larga escala, cogeração | Hidrogénio, monóxido de carbono, gás de síntese |
PAFC | Ácido fosfórico | 150–220 | 40–50 | Sistemas estacionários de média escala | Hidrogénio, gás natural reformado |
MCFC | Carbonato fundido | 600–700 | 45–60 | Grandes centrais de energia, cogeração | Hidrogénio, gás natural, metanol, gás de síntese |
AFC | Hidróxido de potássio (KOH) em solução aquosa | 60–90 | 40–60 | Aplicações espaciais, submarinos | Hidrogénio puro (sensível a impurezas como CO₂) |
O hidrogénio pode ser utilizado como combustível em veículos, turbinas e motores elétricos. Também é usado na indústria química, na produção de amónia e em refinarias de petróleo.
Além disso, o hidrogénio tem potencial para armazenar energia renovável, ajudando a equilibrar a rede elétrica e a superar a intermitência de fontes como a solar e eólica.
A economia do hidrogénio promete revolucionar o setor energético, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis e promovendo a sustentabilidade. Com investimentos em tecnologia e infraestrutura, o hidrogénio pode tornar-se um vetor energético central no futuro.
Contudo, embora o hidrogénio tenha um grande potencial como fonte de energia limpa, há desafios significativos a serem superados, principalmente em termos de custo e infraestrutura.
O futuro do hidrogénio parece promissor, com investimentos crescentes em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias que tornem a produção de hidrogénio mais eficiente e acessível. O hidrogénio verde será, sem dúvida, uma parte essencial da transição para uma economia de baixo carbono e sustentável.
Para entender melhor a transição energética no setor do gás, visite A transição energética no setor do gás.